A compra do primeiro imóvel está na lista de desejos de muitos brasileiros. E é importante que o futuro proprietário esteja atento e bem informado antes de fechar o negócio, seja de um local novo ou usado, já que as “regras” básicas são as mesmas.
A organização financeira e o orçamento definidos são os primeiros passos. Se você tem suas reservas aplicadas em um bom investimento é provável que compense deixar parte do montante por lá, pois o juros recebido será maior que os juros pagos em um financiamento. Se você tem aplicações mais conservadoras, talvez compense fazer um aporte maior e assim ter uma prestação mais suave ou um fluxo mais curto.
Segundo a corretora de imóveis e diretora executiva da empresa Casas Bacanas, Monique Tonini, em qualquer caso, é importante entender todo trâmite do financiamento enquanto procura um imóvel. É que assim como existem fantasias sobre a compra de um imóvel, existem sobre os processos de financiamento. Ou seja, você acredita que consegue comprar um imóvel até determinado valor, mas quando o banco faz a análise do seu perfil e embute os juros nas parcelas, fica um pouco além das suas possibilidades. “É muito mais ágil e promissor chegar no momento de fazer uma oferta em um imóvel já com o crédito aprovado”, ensina ela.
A negociação de valor é outro quesito importante. E a flexibilidade do vendedor depende muito da situação e do momento. De forma geral, as propostas feitas chegam a 10% de desconto sobre o valor anunciado.
Quando se fala em custo, o futuro proprietário deve estar atento aos gastos extras com o imóvel. Além da compra em si, há o imposto de transferência de bens imóveis, o chamado ITBI, escritura e registro do imóvel Existe uma tabela, reajustada anualmente, com os valores do imposto, mas é bom ter em mente que o custo total deve girar entre 3% e 4% do valor do imóvel. Também vale pensar no longo prazo: colocar no orçamento os custos mensais que passará a ter, como condomínio, IPTU, água, luz, entre outros.
Depois do orçamento definido, e com ele o número de quartos ou metragem do imóvel, a escolha da região é o próximo passo. Essa escolha tem muito a ver com as necessidades pessoais de cada um. Alguns tendem a comprar o primeiro imóvel em um bairro próximo da família – e isso tem a ver com o tipo de relação estabelecida entre os parentes e do quanto eles costumam e precisam interagir entre si. Outra situação é a proximidade com o local de trabalho. É algo que facilita a vida, já que se perde muito tempo com os deslocamentos e o trânsito. Ainda assim, vale avaliar qual a previsão de permanecer nesse emprego atual e compará-la com a previsão de ficar com o imóvel. “Acesso a meios de transporte público, vias de tráfego, sejam grandes avenidas ou até mesmo ciclovias, são até mais importante do que a proximidade do local de trabalho”, ensina a profissional.
Outro ponto é pensar na liquidez da casa ou apartamento. Se possível, escolha algo localizado em bairros valorizados e que tenham muita procura. Tudo para que, em um segundo instante, seja fácil de vender ou alugar o imóvel. Independentemente da região e do orçamento, contar com a ajuda de um corretor de imóveis pode facilitar a busca pelo primeiro lar. É importante, no entanto, que o profissional seja alguém que tenha conhecimento do mercado e não aquele que simplesmente queira empurrar a venda. “Um bom corretor ajudará o comprador a entender a dinâmica do mercado e prestará assessoria com a documentação, financiamento, entre outros”, diz.
Pesquisar sem pressa é o caminho para que o apartamento ideal seja encontrado. Monique ressalta que o tempo a favor é uma uma forma de entender o mercado, suas opções e os valores das residências. Também não há número limite ou suficiente de apartamentos ou casas que devem ser visitados até achar o “seu lugar”. “É muito difícil encontrar o local perfeito. Um vai ter uma estrutura de lazer melhor, outro a reforma, outro será mais iluminado… Ver muitos imóveis confunde a cabeça e não é garantia de comprar algo melhor do que se tivesse visitado poucos imóveis. Com a orientação de um bom profissional não há necessidade de visitar mais do que três ou quatro imóveis para encontrar aquele que faça o coração bater mais forte”, aconselha.
O publicitário Daniel Packness encontrou seu primeiro “lar, doce lar” depois de visitar quatro apartamentos, todos na zona sul da cidade de São Paulo. Levou três meses até que tudo estivesse em ordem e a mudança acontecesse. Ele diz que o segredo é mesmo a paciência. “O processo é lento. Você depende de terceiros, mas quando tudo se resolve, o resultado é muito bom. Demorei a encontrar um apartamento, resolver a compra, mobiliar e deixar tudo do jeito que queria”, conta ele, que sugere ainda um “Open House” de comemoração, mas com um porém. “Tem de ser antes da mudança em si, sem preocupações com sujeira ou com algum objeto da casa nova quebrado”, diz aos risos.
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