Os apartamentos pequenos viraram tendência no mercado imobiliário. Sejam jovens que estão querendo sair da casa dos pais ou famílias pequenas que acabam de ser formadas, a busca por esse tipo de imóvel tem crescido cada vez mais. Por isso, separamos 9 dicas para você acertar na decoração do apartamento pequeno.
Mesmo que não haja tanto espaço disponível, esse não é um empecilho para ter uma decoração bonita e com a cara dos donos. Para isso, basta ter planejamento e usar a criatividade para deixar cada canto da casa lindo e também funcional.
1 – Planejamento na decoração de apartamento pequeno
Espaços pequenos demandam escolhas mais objetivas e conceitos bem definidos. Por conta disso, é importante ter um planejamento prévio do que se espera da decoração para aproveitar melhor os espaços.
“O planejamento exige tomar algumas decisões quanto ao mobiliário e decoração a serem adotadas, à paleta de cores apropriada e à possibilidade de integração de espaços. Um espaço menor exige um planejamento minucioso e um bom estudo de layout, com cuidado maior nos detalhes e nas medidas, pois cada centímetro vai fazer diferença. Precisamos priorizar o essencial para ocupar de forma inteligente o imóvel, sem que este pareça ainda menor. Quando o layout permite, podemos até diminuir um espaço para ganhar em outro que necessite mais”, afirma o arquiteto Artur Diniz.
Por isso, é fundamental também pensar em cada ambiente. “Cada um tem seu volume fisicamente delimitado e esse volume pode ser dividido entre as diversas funções que o espaço vai ter, seja circulação, permanência, armazenagem, trabalho. Desta forma, podemos utilizar os objetos para aperfeiçoar esses espaços e ampliar as suas funções”, acrescenta o arquiteto Felipe Silveira, do escritório Mucam Arquitetura.
2 – Perfil
A necessidade de cada proprietário ou família que vai morar no imóvel é o que vai determinar as escolhas de objetos de decoração do apartamento pequeno. Portanto, definir o perfil dos moradores vai ajudar nas decições a serem tomadas em relação a cada ambiente.
E em um imóvel com metragem limitada, isso pode ser importante para ganhar mais espaço. “Como em todo projeto, em um espaço pequeno é fundamental, além de conhecer as possibilidades do próprio imóvel, traçar o perfil do morador, bem como conhecer a destinação de cada ambiente. Se o morador não sente necessidade de algum móvel ou item específicos, não há motivo para inclui-lo na decoração. Assim, vamos obter mais espaço livre ou adquirir apenas o que convêm. Se o morador não é um grande colecionador de livros, por exemplo, podemos reduzir suas superfícies de apoio ou mesmo armários. Em contrapartida, se possui muitas peças de vestuário, temos que priorizar armários e closets”, detalha Artur Diniz.
3 – Aproveitamento do pequeno apartamento
Em imóveis com metragem reduzidas, os espaços devem ser aproveitados da melhor maneira possível para que a decoração do apartamento pequeno aproveite cada ambiente em sua totalidade. Muitas vezes, soluções bem pensadas pode acabar resultando em um espaço a mais para decorar.
“É possível armazenar embaixo das camas e escadas, em corredores e em móveis de piso ao teto. Bancos acomodam mais pessoas do que cadeiras em um mesmo espaço. Bancadas e mesas retráteis são ótimas opções para serviços esporádicos. Baús podem servir de apoio bem como pufes podem armazenar e ambos devem contribuir na composição da decoração. Mais de um uso para um mesmo objeto é sempre uma boa solução”, esclarece Felipe Silveira.
4- Ambientes
Cada ambiente vai precisar de um planejamento específico, levando em consideração as necessidades dos moradores e também o espaço. Elaborar cada parte da casa vai resultar em um projeto mais assertivo.
São muitas as possibilidades, por isso, é importante elencar o que é fundamental na decoração do apartamento pequeno. “Em praticamente todos os ambientes e, dependendo do layout e da decoração, podemos ter prateleiras ou armários altos, pois assim não perdemos espaço de circulação. Embora sejam mais confortáveis os sofás maiores, às vezes temos que optar por modelos mais compactos, mas não podemos deixar de lado o quesito conforto. Alguns móveis um pouco menores podem melhorar bastante a sensação de espaço, mas temos que observar se sua funcionalidade não está prejudicada”, ressalta Artur Diniz.
Além disso, ele sugere que a mesa de jantar pode ter gavetas, mas é preciso tomar cuidado com a ergonomia para que ela não seja prejudicada. E se os moradores costumam receber amigos, mas precisam de espaço no dia a dia, uma alternativa é usar uma mesa extensível.
5 – Quantidade
O layout do ambiente deve ser estudado desde o início do projeto porque é preciso tomar cuidado para não estreitar passagens, circulações, além da atenção às quinas dos móveis.
Todo essa pesquisa também vai nortear a quantidade de móveis que serão usados em cada ambiente. “Móveis mal dimensionados ou mal localizados podem prejudicar, além do espaço em si, a própria circulação, que deve respeitar dimensões mínimas, ser fluida e livre de barreiras. A regra para ambientes pequenos é adquirir os móveis que realmente serão utilizados, e estes devem possuir medidas compatíveis com o espaço. Às vezes é preferível eliminar um móvel a mantê-lo e correr riscos de provocar acidentes”, explica Artur Diniz.
6 – Móveis multiusos na decoração do apartamento pequeno
Para quem tem pouco espaço disponível, os móveis multiuso despontam como uma boa solução, já que podem ser usados de maneira diversas sem ocupar muito espaço.
“Neste caso, é possível se valer dos móveis multiuso ou que permitam alguma flexibilidade em seu uso. Neles existem alguns compartimentos ‘secretos’. Inclusive, este já é um artifício bastante difundido e pode-se encontrar facilmente diversos itens prontos no mercado. Bancos e pés de mesa com prateleiras inferiores, sofás-cama, painéis da TV com compartimentos internos, mesas de centro com gavetas, escadas usadas como bancos ou prateleiras, portas de móveis com prateleiras, camas e mesas com gavetas inferiores, rack com TV giratória, pufes para sentar, guardar objetos ou ser utilizados como mesinhas de apoio são apenas alguns dos exemplos que fazem aproveitar com criatividade cada espaço que seria perdido”, afirma Artur Diniz.
7 – Sob medida ou prontos?
Móveis são objetos que influenciam diretamente no espaço do ambiente, assim como suas cores, texturas, volumes e acabamentos. Além de ser parte importante da decoração de apartamentos pequenos, eles também têm influência direta nos gastos. Então, na hora de escolher quais móveis serão usados, é preciso levar em consideração o espaço disponível e também o orçamento. E aí entra a dúvida entre os planejados e os já prontos.
“Móveis sob medida ajudam a otimizar e aproveitar cada área racionalmente. Em alguns casos, é a solução mais interessante. Porém, para salas, quartos e cozinhas com tamanhos bem conhecidos, móveis padronizados podem ser uma saída mais econômica e assertiva, ainda mais com a grande variedade de materiais e revestimentos disponíveis no mercado”, avalia Felipe Silveira. Mas, no final das contas, tudo vai depender do fornecedor ou da loja.
8 – Eletrodomésticos em apartamento pequeno
Hoje em dia, o mercado oferece boas opções de eletrodomésticos para quem tem um imóvel com tamanho reduzido, o que pode ajudar a deixar a decoração do apartamento pequeno mais harmônica e também funcional. Equipamentos de tamanhos mais reduzidos resultarão em mais espaço para outros objetos essenciais, como sofás e camas maiores, por exemplo.
“Os eletrodomésticos evoluíram bastante neste sentido. Conhecer e reconhecer as suas vantagens e limitações ajuda na hora de especificar o equipamento. TVs ultrafinas, lavadoras e secadoras integradas, cafeteiras compactas, fogões cooktops e fornos de embutir são ótimos recursos para poupar espaço e facilitar a organização”, garante o arquiteto do escritório Mucam Arquitetura.
9 – Integração do departamento pequeno
Para Felipe Silveira, ter um ambiente integrado é uma boa opção quando a mesma área de circulação e o mesmo conceito visual são compartilhados. “Essa integração deve ser evitada quando os usos são distintos porque se torna incoveniente”, afirma.
Já Artur Diniz reforça que os ambientes integrados são um elemento chave quando o desejo é fazer os espaços parecerem maiores. “Não é à toa que a maioria dos empreendimentos já oferecem este recurso, principalmente integrando ambientes sociais entre si e à cozinha. Mas os ambientes sociais também podem se integrar a quartos”, pontua.
Porém, ele alerta que a integração é um recurso que proporciona maior sensação do espaço, mas o proprietário deve ter em mente suas consequências. “A integração pode resultar na falta de privacidade, bem como o barulho de um ambiente que pode interferir em outro, principalmente em famílias maiores. Para evitar isto, existem alguns recursos, como o uso de grandes portas capazes de se abrir e fechar totalmente”, conclui.
+ Pensa em comprar ou alugar um apartamento pequeno?
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