Quando se pensa em reforma do imóvel, logo vem à cabeça o transtorno que ela causa. E também os gastos que serão necessários para deixar a casa do jeito que sonhou. Mas é possível colocar o projeto adiante sem extrapolar o orçamento disponível. Para isso, é fundamental ter um planejamento bem organizado. Estabelecer um limite de gastos, estipular prazos para cada etapa, ter atenção à mão de obra e pesquisar por materiais que tenham um bom custo-benefício podem ser soluções para viabilizar uma reforma que não gere despesas além do previsto. Saiba como reformar o apartamento gastando pouco.
Planejamento
O primeiro passo antes de começar uma reforma é elaborar um planejamento com tudo que envolve a obra, seja em relação ao orçamento, aos prazos ou ao próprio projeto. Isso será essencial, inclusive, para evitar gastar mais do que o planejado e reformar o apartamento gastando pouco. “É fundamental estabelecer uma ideia inicial, um objetivo, um conceito e segui-lo. Com um objetivo previsto definido, pode fazer orçamentos reais e calcular prazos de todas as etapas de intervenção e, assim, atuar diretamente na obra”, explica o arquiteto Felipe Silveira, do escritório Mucam Arquitetura.
Além disso, ter um projeto bem elaborado também evita gastos extras ao longo da reforma. “Caso contrário, a criatividade poderia pregar inúmeras peças pois sempre existem novas ideias e a pessoa acha que pode ir acrescentando modificações sem que isso tivesse um custo real ou fosse feito dentro do mesmo prazo. Tudo isso poderia inviabilizar a conclusão e causar muitos transtornos”, acrescenta.
Orçamento
Estabelecer o quanto cabe no orçamento para investir na reforma é essencial, principalmente porque é bastante comum acabar gastando mais do que o esperado. Para evitar este tipo de situação, o planejamento também passa pelo montante que se tem disponível para reformar e, assim, ser possível reformar o apartamento gastando pouco. “O orçamento norteia tudo. O próprio projeto deve ser concebido de acordo com as posses e prazos definidos pelo cliente. Imprevistos podem ocupar uma parte do planejamento, mas não a maior parte”, enfatiza Felipe Silveira.
Para José Luiz Sobral, sócio do escritório Calazans e Sobral Arquitetura, é fundamental estabelecer um teto de gastos. “Isso é importante porque normalmente uma obra acaba ultrapassando aquele gasto que estava previsto e é um bom estabelecer um limite para não ter dor de cabeça depois, principalmente se tiver algum contratempo durante a obra, o que é comum de acontecer”, explica.
Pesquisa é essencial para reformar apartamento gastando pouco
Dois pontos que pesam nos gastos de uma reforma são a mão de obra e os materiais que serão usados. Por isso, é preciso ter atenção a estas questões para ter um bom resultado, mas sem extrapolar o orçamento. Pesquisar antes de fechar negócio é uma boa pedida. “A mão de obra qualificada tem um custo justificável e tem de ser considerada desde inicio. Boas indicações e boas referências, assim como a experiência dos contratados, são fundamentais para uma escolha acertada. E um planejamento com prazos reais é essencial. Pequenos contratos, clausulas com multas por atrasos e ainda bônus por desempenhos são ótimas ferramentas para fazer com que um cronograma de atividades seja seguido e cumprido”, ressalta Felipe Silveira.
Tanto em relação à mão de obra quanto ao material, o mercado dispõe de muitas opções, de todo tipo de variedade, qualidade e preço. Então é preciso pesquisar para encontrar um que atenda ao melhor custo-benefício e reformar o apartamento gastando pouco. “A qualidade é sempre o requisito básico para uma boa intervenção. Materiais e mão de obra têm de ter qualidade. Nem sempre é o valor do produto ou serviço que garante isso. Profissionais qualificados e experientes com boa orientação e produtos certificados, sim. O mercado da construção dispõe de produtos com selos de qualidade e pessoas com capacitação documentada justamente para oferecer esta segurança e justificar o valor de cada serviço”, complementa o arquiteto do Mucam Arquitetura.
José Luiz Sobral ainda faz uma ressalva em relação aos materiais que serão utilizados, já que a pesquisa pode fazer toda a diferença nos gastos finais com eles. “Em muitos casos é possível encontrar um produto similar ao que a reforma se propôs, mas com um valor muito mais acessível”, diz.
Habilidades
Muita gente tem habilidade para fazer trabalhos manuais e conseguem usá-las para minimizar os custos em uma reforma. Tem quem saiba pintar paredes, reformar móveis, entre outras atividades, que acabam evitando os gastos que teria com a mão de obra, por exemplo. Trabalho que pode compensar se orçamento tiver apertado e ainda servir como um passa tempo. “As atividades manuais são ótimas como hobby e têm até um caráter terapêutico. Desde que ela sejam prazerosas são justificáveis e válidas. Mas o saber fazer e o gostar de fazer precisam estar presentes na tarefa”, aconselha Felipe Silveira.
Piso
Se antes o quebra-quebra era enorme caso a escolha era por trocar o piso para dar uma cara nova ao imóvel, hoje em dia existem recursos que poupam não apenas tempo, como também dinheiro. “O piso é um grande componente nos fatores de uma obra. Na composição visual do espaço, no custo total dos materiais, no prazo da intervenção. O piso sempre deve ser tratado com muito cuidado”, afirma Felipe Silveira.
Atualmente, a indústria já conta com muitos recursos e acabamentos para tornar este processo prático e econômico. “Tudo depende de uma boa orientação técnica. O profissional tem de levar em consideração a condição atual do espaço para propor a melhor solução, seja aplicação direta, sobreposição, remoção total ou parcial do antigo. Substituições dependem muito do estado atual e da intenção final do projeto e seu orçamento”, reforça o arquiteto.
Paredes
Reformas e mudanças no visual do ambiente também passam pelas paredes. E, além de pintar, existem outras opções de mudar totalmente, deixando o ambiente novo e requintado sem gastar muito. “As paredes são os elementos de grande importância estética e o mercado disponibiliza uma infinidade de produtos para o tratamento delas. Estes elementos têm os mais variados custos e vão desde uma simples troca na cor,seja com pintura ou adesivos, até aplicações de revestimentos especiais em grandes formatos e iluminação cênica. Tudo depende do efeito pretendido e previsto em projeto. Existem algumas soluções para um mesmo efeito e cada uma com um custo distinto. Podemos economizar bastante com criatividade e um conceito bem definido”, pontua Felipe Silveira.
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