Quem está correndo atrás do sonho da casa própria com certeza também se prepara para escolher o banco para o financiamento imobiliário. Essa parte exige um pouco de pesquisa e paciência. Não saia assinando os papéis só porque a instituição tem a menor taxa de juros. O barato pode realmente sair caro.
Escolher o banco para o financiamento imobiliário passa por uma análise que inclui taxa de juros, valor total das parcelas – incluindo seguros e demais cobranças -, qualidade no atendimento e capacidade de resoluções de problemas. Um bom começo é pesquisar na internet, mas lembre-se que aquelas simulações feitas pelos site facilitam o nosso dia a dia, mas é interessante ir pessoalmente, tirar todas as dúvidas e conversar com outros clientes que já financiaram com o banco. Pegue referências como se fosse um serviço qualquer.
O motivo de tanta precaução? Você pode ter problemas ao longo do financiamento, como milhares de pessoas têm. Imagina atrasar parcelas, precisar negociar uma dívida e não ter quem te atenda. Ou se o atendimento for confuso e demorar séculos. Ou mesmo precisar transferir o financiamento para outro banco e não ter quem te oriente corretamente.
E se a instituição confiável e consolidada que você escolheu não tem juros atrativos, negocie! Lembre-se que o mercado atual está muito propício, com boa concorrência, incluindo abatimento nas taxas, principalmente para clientes com outros serviços. Seria a hora de abrir uma conta nova? Avalie.
O economista Eduardo Araújo, do Conselho Federal de Economia (Cofecon), explica que o primeiro passo é a consulta de preço. Para ele, o financiamento deve ser considerado como um serviço ou um produto que você compra.
“O consumidor se sente desestimulado de ir de instituição a instituição, porque toma muito tempo. A pessoa pode começar com uma consulta no site Banco Central, que disponibiliza as taxas de juros por instituição. Ainda que seja uma média das operações que foram feitas no ultimo mês, dá a ideia de qual instituição está praticando o preço mais baixo”, diz o economista.
Segundo Araújo, o consumidor pode selecionar as quatro instituições que têm as melhores taxas e focar nelas a pesquisa mais abrangente. Nesse caso, fazer uma tabela comparativa do que cada uma oferece ajuda na hora da decisão, diz ele.
“Naturalmente, ao iniciar as visitas nos locais, a pessoa vai perceber que tem instituições que oferecem um atendimento mais rápido, até pelo fato se serem privadas. Em bancos públicos, o consumidor pode penar um pouco. É uma questão pessoal: compensa pagar um preço maior por um atendimento mais rápido e personalizado?”.
O economista lembra que o processo de levantamento deve considerar o custo efetivo total. “Ás vezes, por conta da profissão da pessoa e do pouco tempo disponível, vale a pena pagar um pouco mais por atendimento melhor. Mas é interessante sair da instituição sabendo quanto vai gastar em cada parcela”.
Araújo acha que 2020 é um excelente ano para escolher o banco para o financiamento imobiliário. “Estamos com a menor taxa de juros histórica. Não sabemos por quanto tempo vai permanecer nesse patamar. Há perspectiva de que essa taxa permaneça ao longo de 2020. Hoje o consumidor tem a certeza que vai fazer um financiamento pela taxa mais baixa já existente no País”.
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